sábado, 26 de setembro de 2009

Homem é condenado por matar adolescente em Minas Gerais

sexta-feira, 25 de setembro de 2009, 18:15

Jovem foi assassinado a facadas em 2004; segundo Ministério Público, crime foi feito por meio de ritual satânico

Central de Notícias

SÃO PAULO - O professor de artes marciais Alberino José dos Santos foi condenado nesta sexta-feira, 25, em Belo Horizonte, a 17 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado contra um menor de idade. O crime ocorreu em outubro de 2004. O acusado está preso na Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital mineira.

A denúncia do Ministério Público aponta que um adolescente ligou para a vítima pedindo que ele fosse para a academia de Kung Fu de Santos, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao chegar ao local, a vítima foi dominada por dois jovens e pelo professor e foi obrigada a ingerir bebida alcoólica. Em seguida, ele foi assassinado a facadas. O corpo foi encontrado às margens da BR-381, próximo à ponte do Rio Paraopeba, em São Joaquim de Bicas.

O Ministério Público acusou Santos pelo homicídio triplamente qualificado por ele ter praticado o delito por meio da realização de rituais satânicos, por ter tentado ocultar o assassinato e devido a dificuldade de defesa da vítima, que tinha 15 anos na época do crime.


Jornal Estadão - SP

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Justiça condena professor

Depois de oito horas de julgamento, mestre de artes marciais é sentenciado a 17 anos de prisão pelo assassinato a facadas de adolescente em 2004. Defesa promete recorrer

Daniel Antunes

O professor de artes marciais Alberino José dos Santos, de 44 anos, foi condenado ontem a 17 anos de prisão, em regime fechado, depois de oito horas de julgamento no Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Ele foi considerado culpado pelo assassinato do adolescente Rafael Anderson Carvalho, de 14 anos, em outubro de 2004. Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a vítima teria sido atraída por outros dois adolescentes para a academia de kung fu de Alberino, no centro de Betim. No local, os menores encontraram o professor. Rafael teria sido dominado e obrigado a ingerir bebida alcoólica. Em seguida, conforme a acusação, o adolescente foi assassinado a facadas pelo acusado, com a ajuda de dois menores. O corpo foi encontrado no dia seguinte às margens da BR-381, perto da ponte sobre o Rio Paraopeba, em São Joaquim de Bicas.
Beto Magalhães EM/D.A PRESS

O julgamento começou às 8h de ontem e terminou por volta das 15h30. Sete jurados formaram o conselho de sentença. Preso desde novembro de 2004, Alberino negou ao juiz presidente do tribunal, Carlos Henrique Perpétuo Braga, qualquer envolvimento no homicídio. Mais de 10 testemunhas de defesa e de acusação prestaram depoimentos. As sustentações orais da defesa e do Ministério Público duraram cerca de duas. Os jurados condenaram o professor de artes marciais por quatro votos a três.

A advogada de defesa, Daniele Fernandes, informou ontem que pretende recorrer da sentença já na segunda-feira. "Quatro votos a três mostram que os jurados tiveram dúvidas. Vou só aguardar a decisão ser publicada ”, adiantou Danielle, que adotou como estratégia para inocentar o cliente a falta de provas. O professor foi levado para a Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, onde vai cumprir a pena.

Juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga proferiu
sentença condenatória de Alberino José Santos,
que foi recolhido a penitenciária em Neves

ALÍVIO Alberino foi condenado por homicídio triplamente qualificado (dificuldade de defesa para a vítima, corrupção de menor e ocultação de outro crime, que teria sido cometido pelo professor também em 2004). Depois da sentença, a família de Rafael manifestou-se aliviada com a condenação. "Esperava um pouco mais da justiça dos homens, já que essa pessoa conseguiu não só acabar com uma vida, mas destruiu toda uma família. São marcas que nem o tempo vai curar. Mas ele ainda vai responder pela justiça de Deus.
De qualquer forma o crime não ficou impune”, desabafou o pai do estudante, o comerciante Pedro Alberto de Aguiar, de 49.







"Esperava um pouco mais da justiça dos homens, já que essa pessoa conseguiu não só acabar com uma vida, mas destruiu toda uma família", Pedro Alberto de Aguiar, comerciante, pai da vítima


Beto Magalhães EM/D.A PRESS

Jornal Estado Minas 26/09/2009

Justiça condena professor de artes marciais que matou adolescente

Agência Estado
Beto Magalhaes/EM/D.A Press.


Alberino José dos Santos vai voltar para a penitenciária de Ribeirão das Neves


O professor de artes marciais Alberino José dos Santos foi condenado nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, a 17 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado contra um menor de idade. O crime ocorreu em outubro de 2004.

O Ministério Público pediu que o professor fosse julgado pelo crime de homicídio triplamente qualificado por ter praticado o delito por meio da realização de rituais satânicos; devido à dificuldade de defesa da vítima, que tinha apenas 15 anos na época do crime, e porque o acusado tentou ocultar o assassinato.

A denúncia do Ministério Público aponta que um dos menores de idade que participou da ação ligou para a vítima, pedindo que ele fosse para a academia de Kung Fu do réu, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. No local estava outro menor. Ao chegar à academia, a vítima foi dominada pelos garotos e morta a facadas. O corpo foi encontrado às margens da BR-381, próximo à ponte do Rio Paraopeba, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH.

Professor de artes marciais é julgado por sequestro e assassinato


O professor de artes marciais Alberino José dos Santos, de 43 anos, é julgado nesta sexta-feira, no I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Ele responde por homicídio triplamente qualificado contra Rafael Anderson Carvalho de Aguiar, que foi morto em 2004, então com 15 anos.


Nesta sexta-feira, Alberino é julgado pelo crime contra o menor. O Ministério Público (MP) pediu que Alberino fosse julgado pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe (uma vez que o denunciado e seus comparsas menores praticaram o crime como meio de realização de rituais satânicos), com dificuldade de defesa para a vítima e com o objetivo de distrair a atenção das investigações sobre outro crime.

Ele e seus comparsas também são suspeitos de sequestrar o estudante Clayton Vernier Rosse, no dia 23 de setembro e assassiná-lo três dias depois em 2004. Na época, Clayton tinha 18 anos e a família chegou a negociar o resgate do jovem.

O MP pediu ainda que o réu fosse julgado pelo crime de corrupção de menor, já que, segundo a denúncia, ele contou com a ajuda de dois menores, que teriam sido corrompidos por ele.

O caso


Segundo a denúncia do Ministério Público, em outubro de 2004, Rafael recebeu um telefonema de um dos comparsas, sendo atraído para a academia de Kung Fu do réu, localizada no Centro de Betim, na Grande BH.

Lá, se encontravam o outro comparsa e Alberino. De acordo com a promotoria, ao chegar à academia, a vítima foi dominada pelos três, que o obrigaram a ingerir bebida alcoólica. Em seguida foi assassinado a facadas pelo réu, que teve ajuda dos dois menores. De acordo com o processo, o corpo foi encontrado às margens da BR-381, próximo à ponte do Rio Paraopeba, em São Joaquim de Bicas.

Na sentença proferida em junho de 2008, ficou decidido que o réu iria a júri popular por homicídio triplamente qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Em relação à corrupção de menor, o juiz sumariante Valdir Ataíde Guimarães entendeu que não há prova efetiva da existência desse crime. Atualmente, Alberino está preso na Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.

(Com informações de Priscila Robini/Portal Uai)


Jornal Uai Minas

domingo, 12 de outubro de 2008

Como anda o Processo

O único que está preso até hoje é o suposto "Mestre" e dono da academia. Recebeu uma pena de 24 anos de prisão pelo sequestro e assassinato de CLAYTON VERNIER ROSSE. Apesar de estar preso já recebeu prisão preventiva pelo assassinato da segunda vítima (seu aluno) Rafael Anderson Carvalho de Aguiar. Irá à júri popular se tudo der certo até o fim deste ano. Ele com certeza receberá uma pena mínima 20 anos. Os 02 menores (TLS e RSBA) e mais outros envolvidos ficarão impunes se este "Mestre" covarde não abrir a boca. Esperamos que após a 2ª pancada (julgamento em júri popular) ele colabore mais com a justiça entregando cada um dos envolvidos dando à cada um a devida punhalada que merecem. Estes crimes foram encomendados e tem PEIXE GRANDE para cair nas malhas da justiça. Este marginal covarde e de dupla personalidade hoje eu sei que tem pesadelos terríveis na cadeia e tenta à todo custo manter a sanidade mental. Sei também que ele era sustentado por uma mina ilicita de dinheiro que já está desmantelada. A Polícia Federal secou a mina em Novembro do ano passado. Será que seu advogado vai defende-lo sabendo que seus honorários estão comprometidos? Brevemente saberemos como esta gang de insanos se safa de tamanho compromisso com a justiça humana. Hoje passados 4 anos estou mais tranquilo e confiante em DEUS.Para os desavisados: DEUS é AMOR e também JUSTIÇA.Desculpem se na minha atual ignorância ainda não puder PERDOA-LOS.Não os quero mal e nem que se matem ou morram por isso. Apenas lembro DEUS viu tudo e sabe tudo.
XEQUE-MATE.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

14-01-2005

Professor de artes marciais depõe em Betim e desmente a própria confissão. PMs evitaram que acusado fosse agredido

Multidão ameaça
suspeito de crime



LUCIANA MELO
A Polícia Militar teve dificuldade para conter a revolta de moradores de Betim que foram até o Fórum da cidade da Região Metropolitana acompanhar o depoimento do professor de artes marciais Alberino José dos Santos, de 39 anos, acusado de seqüestrar e matar o estudante Cleiton Vernier Rosse, de 18, além de assassinar o adolescente Rafael Anderson Carvalho de Aguiar, de 15, em setembro do ano passado. Do lado de fora, parentes das vítimas clamavam por justiça, enquanto a população enfurecida queria linchar o acusado. Apesar de ter confessado os crimes em depoimento no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), ele declarou ser inocente durante o interrogatório no fórum.
Alberino José dos Santos argumentou que foi coagido a assumir os crimes. A advogada de defesa Maria Nilda Dornelas abandonou o caso. Ela afirma que foi contratada apenas para pedir a revogação da prisão preventiva de Alberino mas, por solidariedade à família das vítimas não irá continuar com o caso. “Para mim, ele nunca assumiu os crimes e sempre afirmou que é inocente. No entanto, há contradições em seus depoimentos”, afirmou a advogada.
O suspeito declarou que foi obrigado a assumir os crimes durante o depoimento no Deoesp e fez outras acusações de coação contra o delegado Ramon Sandoli, do departamento, que conduziu as investigações. Ontem, Sandoli afirma que o depoimento prestado por Alberino no Deoesp ocorreu diante de quatro testemunhas e que foram feitos exames de corpo e delito logo que ele chegou e antes de sua saída para o interrogatório no Fórum.
FUGA PELOS FUNDOS Para evitar o linchamento, Alberino José dos Santos precisou pular o murro do Fórum, para evitar a multidão que se aglomerava diante da porta principal. O suspeito entrou em uma viatura da Polícia Militar que estava nos fundos do prédio e ser conduzido para o Centro de Remanejamento de Presos da Gameleira.
Ontem, Alberino prestou depoimento apenas sobre o seqüestro e o assassinato do estudante Clayton Vernier Rosse. Indignado, o pai da vítima, Laércio Rosse, espera por justiça. “A população de Betim compartilha a nossa dor e espero que ele não saia impune. O pesadelo dele só começou. Não quero enconstar um dedo nele, só quero justiça”, espera o aposentado.

13-01-2005

Após confessar à polícia participação no assassinato de dois adolescentes, professor de artes marciais se nega a mostrar como o crime teria ocorrido e barra acesso de policiais a academia

Acusado evita
reconstituição

GISLENE ALENCAR
O professor de artes marciais Alberino José dos Santos, de 39 anos, se negou a participar, ontem, da reconstituição do seqüestro seguido de morte do estudante Clayton Vernier Rosse, de 18, e do assassinato de Rafael Anderson Carvalho de Aguiar, de 15. Ele também não permitiu que os 22 policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) e da Delegacia de Homicídios entrassem na Academia Associação Wing Shing Tai , na avenida das Américas, no Centro de Betim, onde iniciariam os trabalhos de investigação. Dezenas de pessoas, entre parentes e amigos das vítimas, protestaram e queimaram o uniforme usado por Rafael, que freqüentou a academia por dois meses.
Segundo a polícia, ele já teria planejado realizar outros dois seqüestros com a ajuda dos alunos R.S.BA, de 17, e T.L.S, de 16. Os crimes aconteceram em setembro e outubro do ano passado.
Alberino, que é dono da academia, foi preso no último dia 3. Ontem pela manhã, ele foi transferido para o Centro de Recuperação de Presos, em Betim. Segundo o delegado do Deoesp Ramon Sandoli, Alberino usou um pedaço de lata para tentar suicídio dentro de uma das celas do departamento, na noite de terça-feira.
Segundo Sandoli, o professor disse com detalhes, em depoimento gravado e diante de testemunhas, como os dois crimes aconteceram. “É impossível alguém ser tão preciso, dar riquezas de detalhes e ser inocente. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público por extorsão mediante seqüestro seguido de morte”, informou o delegado, acrescentando que as investigações não ficam prejudicadas com a não realização da reconstituição. Por lei, o acusado não tem obrigação de levantar provas contra si.
A morte do estudante Clayton Vernier Rosse aconteceu em 26 de setembro, três dias após ter sido seqüestrado. De acordo com a polícia, Alberino com os dois menores, que estudavam na mesma escola da vítima, o atraíram para a academia, feita de cativeiro. O pai do estudante, Laércio Rodrigues Rosse, de 50, chegou a deixar os R$ 12 mil do resgate no local combinado. Após desconfiar da presença de policiais, Alberino não pegou o dinheiro e levou a vítima para o bairro Bandeirinhas, onde foi assassinada a facadas pelos menores, de acordo com a versão do professor.

CONTRADIÇÃO EM
DEPOIMENTOS

O titular da Delegacia de Homicídios de Betim, delegado João Bosco disse que no dia em que foi preso, Alberino se limitou a dizer que Rafael teria sido assassinado pelos menores. “Ele contou que os dois teriam atraído a vítima à academia para dar uma lição no rapaz, mas acabaram matando-o. Uma terceira pessoa teria ajudado a esconder o corpo às margens do rio Paraopeba, em São Joaquim de Bicas.
Essa versão não coincide com o laudo pericial, que constatou que havia respingos de sangue no local onde a vítima foi encontrada”, informou o policial.
Os menores também prestaram depoimento na delegacia de Betim, mas negaram envolvimento no crime.
Nos dois assassinatos, os criminosos deram bebida alcóolica para as vítimas e teriam usado a mesma faca. Segundo a polícia, o dinheiro do resgate seria usado para pagar dívidas da academia e também seria investido em uma irmandade que se dedicava a estudos de teologia chinesa e artes marciais.
“A participação nesse grupo era restrita aos alunos apontados pelo professor. Não descarto a hipótese de que os crimes sejam decorrentes de algum ritual, por causa da forma e da violência como foram praticados”, observou o delegado João Bosco, que aguarda o mandado de busca na academia.
( Jornal ESTADO DE MINAS )

terça-feira, 1 de maio de 2007

ACADEMIA DO TERROR

ACADEMIA DO TERROR MATOU DOIS ALUNOS

Professor de artes marciais e dois são acusados dos seqüestros e assassinatos
12-01-2005


Felipe Zilli
Depois de aproximadamente três meses de investigações, a polícia conseguiu esclarecer praticamente todas as circustâncias do seqüestro seguido de morte de dois estudantes que residiam em Betim, na Região Metropolitana.
Os dois eram alunos da Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo, localizada no Bairro Angola, na periferia de Betim, e foram seqüestrados, respectivamente, em setembro e outubro do ano passado.
A família de um dos rapazes chegou a receber um pedido de resgate e
tentou pagar o montante exigido. No entanto, ambos acabaram sendo mortos antes mesmo que os parentes pudessem concretizar as negociações.
O principal suspeito de ser o mentor dos crimes, o proprietário de uma academia de artes marciais, já está preso no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte.
De acordo com as informações da polícia, ele teria arquitetado o crime
porque estaria precisando de dinheiro para pagar dívidas.
ADOLESCENTES
Outros dois adolescentes que também são suspeitos de ter participado dos seqüestros e assassinatos já foram identificados e devem ser detidos nos próximos dias. Na manhã de ontem, policiais do Deoesp concederam uma entrevista coletiva onde esclareceram os detalhes do caso. De acordo com as investigações, o primeiro estudante seqüestrado foi Clayton Vernier Rosse (18 anos).
Ele foi apanhado pelos criminosos no dia 23 de setembro de 2004 e imediatamente levado para um cativeiro nos fundos da academia de artes marciais “Wing Shung Tai”, no centro de Betim. Logo no primeiro dia, os seqüestradores, que posteriormente foram identificados como o professor de artes marciais e proprietário da academia, Alberino José dos Santos (39 anos), e os estudantes R.S.B.A. (16 anos) e T.L.S. (15 anos), pediram R$12 mil de resgate à família do rapaz.
Depois de cinco dias de negociações, no entanto, os criminosos suspeitaram que a Polícia Civil vinha acompanhando o caso e acabaram matando o rapaz com várias facadas.
Seu corpo foi encontrado no dia 28 de setembro, em um lote vago do Bairro Bandeirinhas, na periferia de Betim.
AMEAÇAS
Sentindo que os policiais do Deoesp estavam próximos de identificar os responsáveis pelo seqüestro e morte do estudante Clayton Rosse, os criminosos decidiram realizar outro seqüestro, para desviar a atenção dos investigadores.
Com isso, o segundo estudante a ser seqüestrado foi Rafael Anderson Carvalho de Aguiar (15 anos), apanhado pelos criminosos no dia 4 de outubro. “Logo depois de matar o Clayton, eles tentaram desviar a atenção da polícia ligando para a Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo e fazendo ameaças a alunos e professores.
Nos telefonemas, eles se identificavam como membros de uma gangue do Bairro Angola e diziam que já tinham matado um aluno e que iriam pegar outros. Por isso, eles pegaram o Rafael, mas nem chegaram a pedir resgate. Levaram o rapaz para o bairro Citrolândia e o mataram com várias facadas. Fizeram isso para gerar pânico na escola e nos fazer pensar que os crimes estavam sendo cometidos pela gangue do Bairro Angola. Mas a farsa foi descoberta”, comentou o delegado Édson Moreira, do Deoesp.
ESCUTAS
Através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a polícia interceptou uma ligação que o adolescente R.S.B.A. fez para a Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo, identificando-se falsamente como membro da gangue do Bairro Angola e fazendo ameaças a estudantes daquela unidade. “A voz do rapaz foi reconhecida, porque ele estudava lá, assim como o outro rapaz envolvido e as duas vítimas.
Chegando ao R.S.B.A., conseguimos identificar os outros”, explicou Édson Moreira. No último dia 3 de janeiro, o professor Alberino José dos Santos foi preso por força de mandado de prisão preventiva. Os outros dois adolescentes suspeitos de terem participado dos crimes devem ser detidos nos próximos dias, tão logo a Justiça decrete suas apreensões.
A pena mínima para o crime de extorsão mediante seqüestro resultando na morte da vítima é de 24 anos de prisão em regime integralmente fechado.


Pais das vítimas
criticam Código
Penal anacrônico
Ainda na manhã de ontem, enquanto a polícia explicava os detalhes do seqüestro e da morte dos dois estudantes da Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo, em Betim, dois casais acompanhavam atentamente a movimentação do professor Alberino José dos Santos, principal suspeito do crime. Demonstrando muita revolta e sofrimento, os pais dos adolescentes Clayton Rosse e Rafael Carvalho foram até o Deoesp para encarar o assassino de seus filhos. Sob os gritos de “assassino” e de “monstro”, o suspeito teve que ser retirado da sala onde os policiais do Deoesp concediam a entrevista coletiva . Os mais revoltados eram os pais de Clayton Rosse, que chegaram a negociar o pagamento de um resgate para que o rapaz fosse libertado com vida.
“Isso tudo é um pesadelo. Este homem é um sádico. Quando estávamos negociando pagamento do resgate do meu filho, ele chegou a falar que aquilo era um negócio. Depois que ele matou meu filho, ainda me ligou e disse para eu pegar os R$12 mil do resgate e enterrar meu filho. Disse que o corpo dele estava no Bairro Bandeirinhas, que eu podia ir lá pegá-lo”, lamentou o operador aposentado Laércio Rodrigues Rosse, pai do estudante Clayton Rosse.
COLABORANDO
Questionado sobre o crime, o professor Alberino José dos Santos limitou-se a dizer que vem colaborando com a polícia nas investigações. “Estou aqui porque estou colaborando com a polícia nas investigações A Justiça é que vai decidir o que vai acontecer daqui para frente.
Não estou contradizendo o que as autoridades disseram até agora sobre o caso, mas a verdade vai aparecer, seja ela qual for. Só me arrependo de ter tentado ajudar dois alunos meus. Só isso”, comentou o suspeito, tentando imputar a responsabilidade dos crimes aos adolescentes R.S.B.A. e T.L.S..
Os pais do estudante Rafael Carvalho, por sua vez, fizeram questão de criticar o Código Penal brasileiro. “O professor deveria ser como um pai para uma criança. Meu filho já havia sido aluno deste monstro na academia e ele teve coragem de fazer isso com meu menino.
Até mesmo os dois rapazes que participaram do crime eram colegas do Rafael.
E por que fizeram isso? A troco de nada!
A troco de nada! A vida da gente virou dor, virou tristeza. Por que isso foi acontecer com meu filho? E por que os garotos que fizeram isso com ele não podem ser presos? Se um adolescente tem idade suficiente para votar e escolher um presidente, por que ele não tem idade suficiente para ser preso e responder por seus crimes? Não consigo entender”, desabafou a comerciante Elaine Aparecida Carvalho Aguiar (35 anos).
JUSTIÇA LENTA
Ainda na manhã de ontem, o delegado Édson Moreira fez duras críticas à Justiça de Betim. De acordo com o policial, o Deoesp começou a suspeitar da participação do professor Alberino José dos Santos no seqüestro de Clayton Rosse no dia em que o rapaz foi encontrado morto.
“Pedimos à Justiça de Betim um mandado de busca e apreensão na academia do Alberino. Mas a Justiça negou. Uma semana depois, eles seqüestraram o Rafael e o mataram. Só depois disso tivemos os mandados que precisávamos. Se a Justiça de Betim tivesse concedido os mandados que precisávemos, talvez tivéssemos evitado a morte do Rafael”, reclamou o delegado. O professor Alberino José dos Santos será mantido preso no próprio Deoesp.

( JORNAL DIÁRIO DA TARDE )

domingo, 29 de abril de 2007

Videos de dois estudantes (vitímas)

Homenagem do Clayton Vernier Rosse 2



Homenagem do Clayton Vernier Rosse



Homenagem do Rafael Anderson

Homenagem do clayton com notícia.

Dono de academia é preso por seqüestrar e matar dois menores em Betim

Dono de academia é preso por seqüestrar e matar dois menores em Betim

terça-feira, 11 de janeiro de 2005
Rafael Debian - Betim
Caderno: Cidade

O proprietário de uma academia de kung fu de Betim, foi preso sob acusação de matar dois adolescentes, sendo um deles aluno da academia. Os crimes ocorreram no segundo semestre do ano passado, mas só agora a polícia conseguiu prendê-lo, após a conclusão das investigações. Dois adolescentes de 17 anos também são acusados de participação nas mortes, mas ainda estão à solta.


O primeiro assassinato ocorreu em setembro do ano passado. Alberino José dos Santos, de 39 anos, é proprietário da academia "Wing Shing Tai", no Centro de Betim. A fim de conseguir dinheiro para reformar o estabelecimento, ele e os dois menores seqüestraram Clayton Vernier Rosse, de 18 anos, e exigiram um resgate de R$ 12 mil para o pai, funcionário aposentado da Cemig. Clayton era estudante da Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo, em Betim.


Durante as negociações, Alberino teria combinado com o pai que deixasse o dinheiro na BR-381, no trevo de Betim. Orientado pela polícia, o pai concordou e deixou o resgate no local combinado. Lá, policiais estariam à espera do seqüestrador.


Nas imediações do trevo, Alberino percebeu a presença da polícia e foi embora, antes que fosse capturado. Ele retornou então ao cativeiro, levou Clayton para um local isolado no bairro Bandeirinhas, em Betim, e, junto com os dois menores, matou o estudante a golpes de faca.


Segundo seqüestro


Para encobrir o crime, os três bandidos resolveram forjar um segundo seqüestro, desta vez, para incriminar uma gangue conhecida de Betim. Em outubro, eles levaram o estudante Rafael Anderson de Aguiar, de 17 anos, também aluno da Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo. Através de pistas falsas, eles pretendiam que a polícia concluísse que a gangue seria responsável pelo rapto dos dois estudantes.


No cativeiro, Alberino e os menores mataram Rafael. Dias depois, eles começaram a fazer telefonemas ameaçando alunos e professores da escola. Nas ligações, os bandidos se identificavam como membros da gangue.


Em dezembro do ano passado, quando as investigações foram concluídas, a Polícia Civil conseguiu identificar Alberino José dos Santos como co-autor dos dois assassinatos, mas só o puderam prender em 3 de janeiro, quando a Justiça expediu mandado de prisão. O seqüestrador está preso no Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp).


Alberino José dos Santos foi indiciado por crimes de extorsão mediante seqüestro e latrocínio e pode pegar mais de 20 anos de prisão. Os dois menores ainda não foram apreendidos porque a Justiça ainda não expediu mandado.


URL: http://www.betim.org/jornal_noticias.asp?codnoticia=1240